Como já disse, quando
chegam ao 3º ano [Nota: agora, a partir de 2014, é no 2º ano], os cadetes devem escolher a Arma, Quadro ou Serviço que vão
seguir até o fim da carreira, não há possibilidade de troca depois da escolha
feita, por isso chamam de “casamento eterno”. Os novos afins terão 7 opções
para escolher [que, agora, vocês já sabem na ponta da língua]: Artilharia, Cavalaria, Comunicações, Engenharia, Infantaria,
Intendência e Material Bélico; e o farão dois dias após se apresentarem.
A escolha
sempre começa de manhã, em torno de 8 horas, e, um a um, vão subindo no palco
do Teatro Acadêmico para bradar o nome de sua Arma, Quadro ou Serviço, conforme
sua classificação. Esse é o primeiro momento que eles percebem o quão
importante é o estudo e ter uma boa classificação. Sendo bem colocado, o cadete escolhe para onde quer ir e pode, ainda, ser bem colocado dentro da arma que escolher (o que será o importante a partir de então), o que garantirá uma boa escolha de cidade quando estiver no último ano. Além disso, os cadetes que ficam por último correm o risco de não ter mais a arma que queriam aberta ou serem obrigados a ir para onde não queria, o que eles chamam de compulsar.
Fonte: http://unidaspeladistancia.blogspot.com.br/ |
A escolha é
aberta, qualquer um pode ir ver, mas, sinceramente, não acho uma boa ideia,
pois eles não terão contato com ninguém, uma vez que logo depois de escolherem
vão para a “comemoração” e, em seguida, fazem a mudança de ala. Contudo, nos
últimos anos pelo menos, a AMAN tem divulgado o resultado das escolhas. Em
2012, houve a filmagem e transmissão ao vivo pela internet. Em 2013, teve uma
divulgação de lista com foto, nome, número e arma escolhida pelo cadete,
atualizada quase em tempo real, apontando também as vagas ocupadas e restantes
em cada arma. Já em 2014, houve apenas uma lista com nome, número e arma, que
travou no meio da escolha e só retornou já no final. Quando há esse tipo de
divulgação, eles colocam o link no próprio site da Academia, e logo as outras namoradas divulgam, então você poderá acompanhar, ainda que de longe.
Desde
quando eles entram no Exército, já vão pensando e tendo mais afinidade com
alguma arma, além de tentarem influenciá-los também! Rs. Mas a dúvida e o medo
os assombram até a hora de subir e bradar sua escolha. Na verdade, desde o ano
anterior eles têm que preencher uma ficha com as opções de escolha em ordem de
prioridade, para que, caso aconteça alguma coisa e não consigam chegar a tempo
da escolha oficial, não fiquem sem ter para onde ir. Portanto, é muito importante que
comecem a pensar nisso desde logo.
Alguns
namorados pedem a ajuda da companheira na hora de escolher, como meu namorado
vez na época, então seria legal se você tivesse uma noção geral para poder
ajudá-lo [agora você já poderá fazê-lo, já que já tem um noção de cada uma, não é mesmo? ;)]. Meu namorado tinha bastante dúvida, mudou de ideia 3 vezes até
escolher o que queria e, graças a Deus, ele se encontrou no que escolheu. Mas,
até ter certeza absoluta, foram horas e horas de conversa, muitas dúvidas, e uma
“listinha de prós e contras” (essa é uma excelente dica para os indecisos,
colocar no papel tudo o que cada arma proporcionará).
Tem meninas
que preferem não se meter e deixar que o namorado decida sozinho. Mas, como já
devem ter percebido, eu não sou dessas de ficar calada pra nada! rs. Além
disso, meu namorado sempre conversava muito comigo sobre isso, afinal, a
escolha dele nos afetaria para o resto da vida e, como ele sempre falou, um
casal tem que tomar decisões desse tipo junto. Então, se seu namorado também
pensa assim e você quer ajudá-lo, aqui vai um quadrinho que uma namorada uma vez fez e
divulgou para outras (também é legal para você mostrar pro seu cadete mesmo sem querer se
meter, talvez possa ajudá-lo a pensar mais objetivamente):
Contudo, não fique triste se o sonho do seu
amor é ir para uma arma e não pedir sua opinião, lembre-se que ele que passará
o resto da carreira fazendo aquilo, logo, ele tem que escolher algo que
realmente goste! Se ele, entretanto, não está muito bem classificado e não
souber se conseguirá entrar na arma que quer (tá vendo como é importante
estudar?! Classificação é quase tudo! rs. Ah, e não confiem plenamente na prévia
que é feita no ano anterior, nunca dá a mesma coisa!), outra dica legal é ele
definir a ordem de prioridades, anotar em um papel e levar na hora de escolha e, lá, ir cortando as opções conforme as vagas forem
acabando, afinal, não é nada legal ter que decidir seu futuro no impulso, né?!
Momento tenso e que mexe com o coração de todo mundo que está envolvido. Estar presente e ajudar nessa decisão é de fato muito importante.
ResponderExcluirOque seria a arma? Porque até onde eu sei o modelo de arma que o brasil usa è único, né? O modelo de fuzil FAL. Essa arma que você diz que o cadete ira escolher seria o que?
ResponderExcluirOi, Rodrigo. Então, se você ler direitinho, "Arma" aqui nessa postagem não é sinônimo de armamento.
ExcluirO título estaria mais correto se fosse "Escolha da Arma, Quadro ou Serviço", mas eu preferi deixar como é mais conhecido.
No que eu falei é a respeito da especialização dos cadetes, que podem escolher as Armas de Artilharia, Cavalaria, Comunicações, Engenharia ou Infantaria, o Quadro de Material Bélico ou o Serviço de Intendência.
Espero que tenha me feito clara, agora. :)
Abraço!